Observações distintas confirmaram a presença de metano em Marte, indicando que pode ter existido vida no Planeta Vermelho. Além disso, a descoberta desse elemento levanta questionamentos sobre a possibilidade de Marte ser habitável por humanos.
Pesquisadores acreditam que exista uma camada ao leste da cratera Gale — um extenso lago seco — e que seja a fonte mais provável de metano do planeta. O estudo revelador foi publicado no site Nature Geoscience; surpreendentemente, duas investigações independentes identificaram o mesmo local e as mesmas evidências.Em junho de 2013, a missão espacial Mars Express lançou uma sonda operada pela Agência Espacial Europeia para analisar a atmosfera acima da cratera Gale. A presença de metano naquele perímetro foi confirmada pelo rover Curiosity, da NASA, em menos de 24 horas.
Para comprovar se as evidências eram verdadeiras, a equipe dividiu a região ao redor da cratera em "pequenas" áreas de 250 quilômetros quadrados. Após isso, 1 milhão de cenários de emissão de tal elemento foram executados por um computador em cada seção, para retificar ou não a possibilidade de haver metano no local.
Outro grupo de cientistas, sem qualquer conexão com o anterior, analisou imagens da superfície de Marte e encontrou semelhanças com a terrestre, onde há liberação de metano. A partir de um estudo profundo, foi encontrada uma formação rochosa que guardava metano congelado no Planeta Vermelho.
A ligação do metano com a vida
De maneira bem simplificada, o metano é um gás natural, subproduto de processos orgânicos, como animais ou seres humanos digerindo alimentos e soltando gases. Embora sua presença seja extremamente relevante para a existência de vida na Terra, seria equivocado afirmar com certeza que a mesma lógica se aplicaria a Marte — não podemos negar, no entanto, que tal descoberta é promissora.
"O metano é importante porque pode ser um indicador de vida microbiana. Mas a vida não é necessária para explicar tais detecções do gás, porque ele pode também ser produzido em processos abióticos", declarou Marco Giuranna, integrante do Instituto Nacional de Astrofísica de Roma.
Apesar de não ser uma bioassinatura da vida, o metano pode contribuir para a habitabilidade do Planeta Vermelho, já que certos tipos de micróbios podem usá-lo como fonte de carbono e energia. Além dessa descoberta marcante, há 1 ano cientistas do Instituto Nacional de Astrofísica de Roma encontraram um vasto reservatório de água em Marte, muito similar a um lago subglacial existente na Terra.
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